Distúrbios comuns e os riscos à saúde
Grande parte dos distúrbios do sono, quando persistentes, podem até apresentar risco de morte nos casos mais graves. No entanto, uma vez diagnosticados, é possível tratá-los ou, pelo menos, minimizá-los. Além da sonolência diurna, os distúrbios do sono estão frequentemente associados com alterações cognitivas, de humor, de imunidade e de funcionamento cardiovascular.
O ronco e apneia estão entre os principais distúrbios do sono. Estudos comprovam que cerca de 30% dos adultos sejam roncadores frequentes. O ronco eventual traz constrangimento, e deve ser tratado. Quando ele se torna frequente e forte, principalmente após pequenas paradas respiratórias, é um sinal de alerta. Um paciente com estes sintomas pode ter a chamada apneia do sono.
A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) afeta 9% da população masculina entre os 30 e os 60 anos, e 4% da feminina após a menopausa. Considera-se um problema de saúde pública, sendo uma doença crônica, progressiva e incapacitante, além de apresentar uma alta taxa de mortalidade e morbidade cardiovascular.
A apneia obstrutiva do sono é uma síndrome caracterizada pelo colapso repetitivo das estruturas que impedem e ou reduzem a passagem do ar durante o sono. Isso causa uma queda na saturação de oxigênio do sangue, resultando em uma série de sinais e sintomas nos pacientes. Mas não se preocupe, há um exame específico para o diagnóstico e, então, é só fazer o tratamento correto para se livrar do problema.
Fatores agravantes
Alguns fatores contribuem para o aparecimento do ronco e da apneia como amídalas e adenoides muito grandes, obstrução crônica do nariz por causa de tumores, desvio de septo, pólipos nasais e hipertrofia dos cornetos, dormir de barriga para cima, queixo projetado um pouco para trás, que faz recuar a base da língua.
Além disso, a ingestão de álcool, tabaco, medicamentos à base de benzodiazepínicos e refluxo gastroesofágico, e ainda a obesidade, porque favorece a infiltração de gordura na faringe. O sinergismo entre esses fatores potencializa a tendência para o estreitamento da faringe e para a apneia.
Exame para diagnóstico de distúrbios
Para diagnóstico dos distúrbios do sono, incluindo ronco e apneia, é necessário realizar o exame de polissonografia, o qual também é utilizado para quantificar a gravidade do distúrbio.
Funciona assim. O paciente é submetido a uma noite de sono monitorada por eletrodos e sensores, em um laboratório especializado. Neste período ele é observado para detectar qual o distúrbio está lhe afetando. Os especialistas acompanham os movimentos dos olhos e pernas, a atividade elétrica cerebral, a respiração, o teor de oxigênio no sangue, entre outras avaliações.
Tratamento – Distúrbios do sono
O tratamento é sempre multidisciplinar e varia de acordo com a gravidade do caso. O primeiro recurso terapêutico é tentar reduzir os fatores agravantes da SAOS. Para isso, o paciente precisa combater as causas da obstrução nasal e do refluxo gastroesofágico, perder peso, dormir de lado, evitar o uso de bebidas alcoólicas, calmantes, relaxantes musculares e cigarro algumas horas antes de dormir.
Se essas medidas não forem suficientes, pode-se recorrer, ainda, ao uso de próteses orais que evitam a queda da língua para trás, e aos CPAPs, máscaras especiais que mantêm pressão positiva e contínua sobre as vias aéreas, evitando sua obstrução.
No entanto, há situações, porém, em que cirurgias ou cauterizações se fazem necessárias para corrigir os elementos que geram a obstrução, como os que estão associados às alterações das amídalas e adenoides.
Algumas recomendações
A adoção de medidas simples pode ajudá-lo a dormir melhor e a evitar as crises de apneia. Veja alguns exemplos:
- Procure estabelecer e respeitar os horários de deitar e levantar;
- Evite ingerir substâncias que contenham cafeína;
- Não fume pelo menos nas quatro ou cinco horas que antecedem o momento de ir para a cama;
- Não exagere no uso de bebidas alcoólicas, nem faça refeição pesada antes de deitar.
Não espere a situação se agravar. Os distúrbios do sono são perigosos. Porém, relativamente fáceis de resolver e evitar danos graves ao seu organismo e à sua vida.
Com o sono de qualidade o corpo diminui a produção de cortisol e adrenalina, que ajuda a diminuir o estresse, controlar o apetite, melhorar o humor, a memória e o raciocínio. Além disso, rejuvenesce pele e ajuda no sistema imune.
Procure logo um especialista, faça o exame e recupere a qualidade de vida que você merece!
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