Se o seu nariz fica constantemente entupido e quando faz algum tipo de atividade física sente também dificuldade de respirar e, com frequência o seu nariz sangra, o seu problema pode ser desvio de septo.
No Brasil, pelo menos a cada três em cada dez brasileiros têm algum grau desvio de septo nasal. Um problema relativamente fácil de resolver e que trará incontáveis benefícios ao paciente, especialmente em qualidade de vida.
Se quiser saber mais sobre esse assunto, siga a leitura. Vamos detalhar tudo para você.
O que é desvio de septo?
Entende-se como uma tortuosidade do septo nasal, osso e cartilagem que separam as narinas. Essa malformação pode acarretar obstrução da passagem de ar por um dos lados (ou ambos), e faz com que o paciente relate congestão nasal frequente, causando dificuldade de respirar pelo nariz. Essa condição também pode estar associada a cefaleias, ronco, sangramento nasal.
Nem todos os pacientes com desvio de septo apresentam sintomas e, dependendo do grau e da posição da alteração, é possível que o indivíduo respire bem pelo nariz. Da mesma maneira, pode ser que o paciente relate apenas um ou todos os sintomas mencionados. Por isso, é fundamental sempre consultar um otorrino para averiguar a condição e saber se há indicação, ou não, da cirurgia para resolver o problema.
Como se forma o desvio septal?
Diversas situações colaboram para o desenvolvimento do desvio de septo. A pessoa pode nascer com a condição (congênita) ou adquiri-la ao longo da vida. Traumas ou lesões na região do nariz podem causar o desvio de septo nasal.
Vamos exemplificar para esclarecer melhor. Pequenos acidentes em que a criança ou adolescente cai e bate o nariz e o quebra, após um acidente de carro, uma bolada durante a prática de exercícios físicos.
Como é feita a cirurgia e quando ela é indicada?
Nem sempre a cirurgia de desvio de septo é a única forma de tratamento.
Por vezes, pacientes com leve grau e sem sintomas relevantes não recebem a indicação de septoplastia. Além disso, é comum que outras condições gerem desconfortos que se assemelham ao do desvio de septo, como é o caso da rinite alérgica que também podem gerar obstrução nasal e possuem tratamento específico.
Assim, os médicos devem avaliar todas as possíveis causas dos sintomas do paciente para determinar se o desvio de septo realmente causa o problema e decidir sobre a necessidade da cirurgia de desvio de septo. Os médicos indicam a cirurgia de correção para pacientes com desvio de septo que frequentemente relatam desconforto pelos sintomas mencionados acima.
A septoplastia deve ser a opção quando os sintomas interferem negativamente na qualidade de vida do paciente, impactando nas ações diárias.
Passo a passo da septoplastia ou cirurgia corretiva do desvio de septo
Os cirurgiões realizam a cirurgia do desvio de septo em centro cirúrgico com anestesia geral, mas em casos selecionados, eles podem optar pela sedação e anestesia local. Com o paciente pronto, o médico otorrinolaringologista fará uma pequena incisão dentro do nariz para descolar a mucosa que recobre a cartilagem e osso formadores do septo e, assim, conseguir manusear o septo e corrigir sua deformidade.
Após o trabalho de remoção da parte desviada do septo, o qual deverá ficar o mais reto o possível, o otorrino reposicionará a mucosa e fará a sutura.
A técnica cirúrgica adotada pelo otorrinolaringologista para cirurgia de desvio de septo pode ser convencional ou por vídeo. Para minimizar o sangramento após a septoplastia e a turbinectomia, o cirurgião otorrino pode fazer uso de cautério.
Cuidados no pós-operatório
O pós-operatório da septoplastia é frequentemente pouco doloroso. Os desconfortos mais prevalentes na primeira semana após a cirurgia são a congestão nasal e formação de crostas. Para minimizar esse quadro, o otorrino aconselhará lavagem nasal abundante com soro fisiológico.
Edemas e hematomas são pouco frequentes, mas podem ocorrer. Para evitá-los, recomendam-se compressas frias.
É importante ressaltar que a cirurgia de desvio de septo não altera o formato do nariz. Para a correção de queixas estéticas, é necessário combinar a cirurgia de septoplastia com a rinoplastia (denominada de rinosseptoplastia). Esta situação apresenta outras particularidades no pós-operatório.
Passados 30 dias da cirurgia, o paciente é liberado para retornar a prática de exercícios. Após sete dias, pode retornar às atividades laborais e/ou estudos. Esses períodos e outros cuidados são pautados caso a caso, sempre após a avaliação do médico otorrino. Por esse motivo, é imprescindível passar por todas as consultas de retorno junto ao otorrino.
A cirurgia também pode ajudar a prevenir outros problemas de saúde mais graves como sinusite, infecções respiratórias, problemas de sono e outras complicações relacionadas à obstrução nasal ao corrigir a posição desviada do septo nasal e permitir que o ar flua livremente pelo nariz.
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