Uvulopalatofaringoplastia (UPFP) é a solução eficaz para tratar ronco e apneia do sono?

Uvulopalatofaringoplastia (UPFP) é a solução eficaz para tratar ronco e apneia do sono

Clique e descubra como esse procedimento cirúrgico tem revolucionado os tratamentos de distúrbios do sono e devolvido a qualidade de vida para muitas pessoas. 

Introdução

Ter uma noite de sono tranquila e reparadora é o desejo de muitas pessoas. Afinal, dormir bem além de restaurar o corpo e a mente, eleva os níveis de concentração e regula o humor. Do contrário, uma noite mal dormida pode ter vários efeitos negativos no organismo, pois afeta tanto a saúde física como a mental. 

Muitas pessoas enfrentam distúrbios do sono e isso traz danos para a qualidade de vida. A apneia e o ronco são os mais comuns e afetam milhões de pessoas em todo o mundo, muitas vezes sem que elas estejam cientes. 

Estudos comprovam que cerca de 30% dos adultos são roncadores frequentes. O ronco eventual traz constrangimento e deve ser tratado. Quando ele se torna frequente e forte, principalmente após pequenas paradas respiratórias, é um sinal de alerta. Um paciente com estes sintomas pode ter a chamada apneia do sono.

De acordo com a Federação Brasileira de Hospitais, estima-se que 936 milhões de pessoas sofrem de apneia obstrutiva do sono em todo o mundo. A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é identificada como um desafio de saúde pública, caracterizando-se como uma condição crônica, progressiva e incapacitante. Além disso, ela está associada a uma elevada taxa de mortalidade e morbidade cardiovascular.

Você sofre com ronco constante ou apneia do sono? Saiba que a Uvulopalatofaringoplastia (UPFP) pode ser a resposta para uma noite de sono tranquila e revigorante. 

UPPP é um procedimento cirúrgico que visa tratar esses problemas, proporcionando alívio aos pacientes que enfrentam essas condições. Veja neste artigo, como funciona essa técnica, riscos, benefícios e resultados.

O que é Uvulopalatofaringoplastia e para quem é indicada

A Uvulopalatofaringoplastia, também conhecida como UPFP, é um procedimento cirúrgico conduzido por otorrinolaringologistas para tratar problemas como o ronco crônico e a apneia do sono, oferecendo alívio aos pacientes que lidam com essas condições.

O procedimento é especialmente projetado para abordar as obstruções na parte posterior da garganta, onde o ronco e a apneia do sono muitas vezes têm origem.

Durante a UPFP, o otorrino remove ou remodela tecidos específicos na garganta, incluindo a úvula (pequena projeção em forma de sino na parte de trás da garganta), o palato mole (parte do céu da boca) e as amígdalas.

Essa abordagem cirúrgica tem como propósito principal criar uma passagem de ar mais ampla, pois reduz a vibração dos tecidos que causam o ronco e, consequentemente, elimina as obstruções que provocam a apneia do sono.

Indicações da Uvulopalatofaringoplastia (UPFP)

A UPFP é frequentemente recomendada pelos otorrinolaringologistas a indivíduos que sofrem de ronco persistente, especialmente quando outras medidas, como mudanças no estilo de vida, não proporcionam alívio adequado. O procedimento visa reduzir a vibração dos tecidos na garganta, minimizando o som do ronco, proporcionando uma melhoria significativa na qualidade do sono não apenas para o paciente, mas também para os parceiros. 

Vale ressaltar que a UPFP não corrige totalmente o ronco, mas diminui consideravelmente.

É indicada também, geralmente pelos otorrinolaringologistas a pacientes diagnosticados com apneia do sono leve a moderada, já que a cirurgia ajuda a manter as vias aéreas abertas, reduzindo episódios de interrupção respiratória.

Benefícios e riscos da UPFP

A Uvulopalatofaringoplastia tem como principal propósito corrigir obstruções nas vias aéreas superiores, como úvula alongada, palato mole excessivo e amígdalas volumosas. Dessa forma, a cirurgia ajuda a melhorar o fluxo de ar, reduzindo as obstruções responsáveis pelas pausas na respiração (a apneia). 

Esse é um dos maiores benefícios: a melhora na respiração que impacta em todas as outras vantagens.

Com a remoção ou remodelação dos tecidos obstrutivos pode resultar em uma significativa redução nos episódios de apneia do sono. Isso não apenas melhora a qualidade do sono, mas também pode ter impactos positivos na saúde cardiovascular e no bem-estar geral do paciente. 

Pacientes que se submetem à UPFP frequentemente experimentam uma redução significativa nos sintomas associados à apneia do sono, como ronco alto, sonolência diurna excessiva e despertares frequentes durante a noite.

Tudo isso ajuda a melhorar a qualidade do sono e traz efeitos positivos na qualidade de vida geral do paciente. Afinal, a recuperação de uma noite de sono reparadora pode levar a níveis mais elevados de energia, melhorias do humor e maior capacidade cognitiva.

Riscos e recomendações da Uvulopalatofaringoplastia

A UPFP envolve a remoção ou remodelação de tecidos na garganta e pode trazer desconfortos e dores pós-operatórias. 

Os riscos da Uvulopalatofaringoplastia, assim como outras cirurgias, incluem sangramento excessivo, infecção e reações adversas à anestesia. Mas não se preocupe: ao escolher um médico otorrino especializado no assunto e com expertise comprovada para o procedimento, os riscos são amenizados.

Outro risco são mudanças na voz. Mas, pode ficar tranquilo! Isso geralmente é temporário. 

É importante reforçar que essa cirurgia, pode não atender às expectativas do paciente em sua totalidade, principalmente àqueles que sofrem com apneia do sono. A resposta é variável em cada caso, e dependendo da situação, o otorrino pode recomendar outras opções de tratamento.

Para uma recuperação mais rápida e eficaz, é imprescindível que o paciente siga corretamente todas as instruções repassadas pelo otorrinolaringologista.

Processo cirúrgico, pré e pós-operatório da UPFP

A Uvulopalatofaringoplastia (UPFP) é um procedimento cirúrgico realizado pelo médico otorrinolaringologista. Para sua realização é necessário anestesia geral. 

O otorrino acessa as vias aéreas superiores, frequentemente através da boca, usando um instrumento chamado laringoscópio para visualizar a garganta.

Durante a UPFP, o cirurgião remove ou remodela os tecidos obstrutivos na garganta, incluindo a úvula (a pequena projeção em forma de sino na parte de trás da garganta), o palato mole (parte do céu da boca) e, às vezes, as amígdalas.

Antes da cirurgia, o paciente primeiramente passa pela avaliação do otorrino. Feito isso, o médico geralmente pede exames específicos da condição para analisar detalhadamente o estado geral de saúde do candidato e garantir que esteja em condições adequadas para o procedimento.

Uvulopalatofaringoplastia (UPFP) é a solução eficaz para tratar ronco e apneia do sono

Cirurgia pode resolver os problemas do ronco e apneia do sono. (Foto: Freepik)

Preparação para a cirurgia

Além dos exames pré-operatórios solicitados pelo otorrino, o uso de medicamentos contínuos e/ou controlados, pode precisar ser interrompido antes da cirurgia, principalmente, anticoagulantes. Isso é extremamente importante para reduzir os riscos de sangramento e outros aspectos relacionados.

Cuidados e recuperação pós-operatória

É comum sentir dor e desconforto na garganta e na região da boca nos primeiros dias após a cirurgia. Mas não se preocupe! O otorrino prescreve medicação específica para aliviar a dor e evitar infecções. 

Nos primeiros dias pós-cirurgia, prescreve-se uma dieta líquida e macia para evitar irritações na garganta. É necessário repouso, evitando atividades físicas, que aos poucos podem ser retomadas normalmente. 

Durante esse período é essencial manter o acompanhamento médico. O paciente deve comparecer às consultas de acompanhamento conforme agendado para que o otorrino possa avaliar o progresso de recuperação e intervir, caso necessário.

Seguir à risca todas as recomendações do otorrino é responsabilidade do paciente e isso resultará na eficácia da cirurgia e num processo de recuperação menos doloroso possível. 

O que esperar após a cirurgia da Uvulopalatofaringoplastia

A Uvulopalatofaringoplastia (UPFP) traz resultados significativos no tratamento do ronco crônico e da apneia obstrutiva do sono, pois seu objetivo principal é melhorar as vias aéreas superiores.

Geralmente, após o procedimento, os pacientes relatam redução do ronco com diminuição no volume e na frequência. Como consequência, têm uma noite de sono mais tranquila e reparadora.

Para pacientes diagnosticados com apneia do sono, a UPFP melhora a respiração durante a noite, pois reduz a sonolência diurna excessiva.

O ronco, assim como a apneia obstrutiva, pode impactar na saúde cardiovascular do paciente. A apneia do sono está associada a um maior risco de hipertensão arterial, doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais, e a redução desses episódios pode ajudar a mitigar esses riscos.

Em suma, como resultado dos benefícios mencionados acima, muitos pacientes experimentam uma melhoria geral na qualidade de vida após a UPFP. A capacidade de dormir melhor, sentir-se mais descansado e estar mais alerta durante o dia tem impacto positivo nas atividades diárias, nos relacionamentos e no bem-estar do paciente.

Conclusão

O nome é um pouco difícil de pronunciar, mas o procedimento geralmente traz muitos benefícios para a vida de quem se propõe e está apto a fazer: alívio dos sintomas da apneia do sono, melhoria na qualidade do sono, aumentos dos níveis de energia e melhoria da saúde cardiovascular.

A decisão de submeter-se à UPFP deve ser cuidadosamente discutida com um otorrinolaringologista. Acima de tudo, a avaliação individualizada ajuda a determinar se a Uvulopalatofaringoplastia é a opção mais adequada para tratar os sintomas específicos do paciente, considerando a saúde geral e histórico médico.

Para esclarecer todas as suas dúvidas e avaliar o seu caso, recomendamos conversar com um otorrino especialista em UPFP, lembrando que esse procedimento também é realizado na Clínica Tesser com uma equipe multidisciplinar e integrada.

Compartilhe esse artigo com mais pessoas do seu convívio que sofrem com apneia do sono e ronco crônico. Ele pode ser a solução que eles tanto buscam. 

Fontes:

Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina 
International Archives of Otorhinolaryngology

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